lundi 28 mai 2007

phBarrox
E a dor foi passando, transformando, transmutando-se. A carta do tarot foi virada. O enforcado apareceu de ponta cabeça. Ela sorriu. Viu a morte, transformação. Jogou pelos ares os amores perdidos ou nunca encontrados. A dor transmutou-se, o prazer aumentou. O cheiro de sexo emanava no ar. O choro transformou-se em riso, risada, gargalhada histérica, sem sentido. Tudo ao redor era sem sentido. Tudo zen, zen sentido. O aroma do baseado estava mais forte. Tragou fundo, segurou a fumaça nos pulmões e viajou no capítulo de Henry Miller. Deixou o livro no chão. Cerrou os olhos. Seus dedos acariciaram seu clitóris. Pensou em seu amor perdido. Como era gostoso. Masturbou-se. Gozou. Tornou a pensar. A reunião estava a toda. A discussão pairava no ar...todos a olharam, aguardando a resposta final. Sorrindo, levantou-se da cadeira, expôs rapidamente e de maneira sintética seu plano de ação. Sua idéia fora aprovada. Sentou-se, respirou, olhou para todos ao redor e pensou: como são babacas!
phBarrox
SexoSelvagem

A mancha roxa nas costas. O limite entre dor e tesão. Ambas te marcam. Uma fica na pele e sai com o tempo, a outra marca o coração. Qual é qual? Depende de você. Sentimento de amor e ódio. Relação sadomasoquista. Você pediu?sentiu?chorou, gozou? Na hora certa você gritou: me bate na cara! Virou de quatro, sentiu-se penetrada e gozou. No dia seguinte, ao olhar no espelho, viu-se vagabunda. Chorou ao sentir o gosto de sangue pela garganta. Sorriu ao ver as marcas em seu pescoço nú.
phBarrox
Ela

Habita a cabeça dos homens. Alma penada, ninfeta gostosa. Vive nas brumas, alimenta-se de ilusões. É a loira gostosa, a negra fogosa. Puta, garota de programa, vagabunda, vadia, pouco importa o adjetivo, ela é sua. De costas, de quatro, no banho, deitada na grama. Fumada, chupada, Rê Bordosa na banheira ou no bar da esquina.
Da estudante de peitinho empinado à dona da mercearia com suas grandes ancas. De José de Alencar à Aluisio Azevedo. Ela habita a mente dos homens, disformes, sem dentes, suados com perfume barato. Eles alimentam-se dela e vice-versa. Ela é a garota da torcida, sua irmã, sua sobrinha. Já chegou a ser sua mãe. Vagando, dançando na mente dos machos. Agora não passa de um gozo escarrado no banheiro apertado do teatro.

mardi 13 février 2007

phBarrox
AS GATAS
Ela é gata vadia vagando nos muros. Livre, no cio, zombando dos machos que se matam, se arranham por uma boa ninhada. É vaidosa, ronrona e se esfrega na perna dos homens vadios dos becos escuros que se matam, se arranham por uma boa gozada.
E o seu miado atormenta a vizinhança. A moça solteira sozinha na cama suspira pelos amores que a gata recebe. Vadia, a gata, vazia, a moça; ambas são fêmeas sedentas de sexo e gozo. Uma consegue e segue adiante a outra se frustra, se masturba na cama.
Camille M